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No Último Dia da COOCACER na COP 30, uma REFLEXÃO que reforça nosso Café Sustentável no Cerrado Mineiro, exige valorização e reconhece falhas na comunicação.

18 de Novembro de 2025, reflexão institucional da representante da COOCACER em seu último dia de trabalho na COP30 em Belém no Pará. 

Eliane Cristina Cardoso Barborsa na frente da COP30 Brasil na Amazônia

Hoje, 18 de novembro de 2025, é meu último dia na COP 30,  levo comigo uma certeza ainda mais forte: o agronegócio brasileiro, a cafeicultura precisa ampliar sua presença nos debates públicos, transcender seus próprios limites de comunicação e fazer uma imersão no mundo do consumidor para tentar se conectar com a sociedade que não conhece e a que não quer conhecer o verdadeiro agro, a verdadeira cafeicultura sustentável brasileira.

Eliane Cristina Cardoso Barborsa na frente da palavra COP30 Brasil


Eu sou Eliane Cristina Barbosa Cardoso, Diretora Executiva da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Araguari e Região (COOCACER) e do Instituto Mineiro do Agronegócio Sustentável (IMAS) e cheguei em Belém dia 14/11. 




Convivendo diariamente com produtores, cooperativas e iniciativas que transformam nossa cafeicultura, nosso agronegócio vejo o quanto fazemos e o quanto somos “desconhecidos” e não sabemos comunicar. 

Participar da COP30 foi mais do que uma agenda institucional, foi um ato de afirmação para a COOCACER e seu INSTITUTO. 


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Há um ponto fundamental que a sociedade precisa conhecer e reconhecer: o café não é um setor poluente e nem de grandes emissões, pelo contrário, nossa atividade é majoritariamente carbono negativa.

Nossas lavouras sequestram mais carbono do que emitem, contribuindo diretamente para o equilíbrio climático global. Mesmo assim, nós não nos acomodamos. Somos inquietos e continuamos avançando, inovando e adotando práticas regenerativas, promovendo conservação, inclusão social, rastreabilidade e construindo uma governança para uma sucessão produtiva na cafeicultura. 


Eliane Cristina Cardoso Barbosa em frente a Logo do Sebrae na COP30

O que falta não é trabalho; não é atitude, não é resultado, é comunicação clara, visibilidade e também uma abertura da sociedade para nos conhecer melhor. 

Enquanto muitos discutem como reduzir emissões, nossos produtores muitas vezes sem visibilidade, sem aplausos e sem reconhecimento, já sequestram mais carbono do que emitem. Eles conservam. Eles protegem. Eles cuidam da terra como quem cuida da própria família.


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Ainda falamos muito entre nós, usando linguagens, formatos e espaços que não alcançam a sociedade. E quando não nos colocamos nos grandes diálogos, abrimos espaço para que outros falem por nós quase sempre sem conhecer a realidade prática da vida no campo.

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Por isso, estar na COP 30 foi tão simbólico para a COOCACER e o nosso recém criado instituto, o IMAS.

Estar na AgriZone e na Green Zone significou trazer para o debate de forma simples, aquilo que fazemos de melhor: produzir com responsabilidade, conservar com propósito e inovar com coerência.


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Quando ocupamos esses espaços, mostramos que a sustentabilidade na cafeicultura brasileira não é discurso — é prática diária. O “vazio “, a incoerência de muitos discursos na COP30 mostra a falta de conhecimento, vivência e experiência junto ao agro brasileiro. 


O agronegócio precisa dialogar de forma mais aberta e estratégica com a sociedade, precisa participar dos debates desafiadores, precisa mostrar com transparência o impacto positivo que já entregamos e o que ainda podemos construir juntos com a sociedade consumidora para a sustentabilidade em seus cinco eixos como prevê nosso Programa de Sustentabilidade Café Sustentável: educacional, ambiental, social, econômico e governança. 


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Saio da COP 30 com a convicção de que estamos PRONTOS para o FUTURO, mas também com a clareza de que o próximo passo exige coragem para ampliar o diálogo, construir elos e comunicar com proximidade.


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Produzir café, produzir alimento é um ato de coragem e atitude gigante. Conservar é ainda maior.

E comunicar tudo isso, com coragem e clareza, é a chave para o futuro que queremos construir.

Prontos para ocupar mais espaços.

Prontos para dialogar com o mundo.

Prontos para reivindicar 

com serenidade, mas com firmeza, o reconhecimento que nossos produtores, nossas cooperativas, nossa cafeicultura merecem pelo que  constroem. 


E quando comunicamos tudo isso, comunicamos nossa verdade, e assim ninguém pode mais contar a nossa história por nós.


Agora, quanto aos problemas estruturais da COP30, quanto aos indígenas e suas manifestações, quanto ao calor escaldante mesmo ao lado de uma imensidão de árvores , água  e chuva, quanto a um vazio de conteúdos de solução , quanto a pautas partidárias vazias, quanto a dedicação do povo de Belém em gentileza e cordialidade com os visitantes, quanto a experiência singular de cultura e arte, quanto ao prazer de admirar o rio e a floresta amazônica nas docas … aí é outra história e outras reflexões … fico por aqui feliz pelos Encontros com pessoas singulares nos dias de COP30. 




1 comentário

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Luzmarina de Ávila Fernandes
19 de nov.
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Parabéns por representar a cafeicultura mineira num evento tão importante como a COP30.

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